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EM BUSCA DE DIVERSIDADE QUE VÁ ALÉM DE WARHOL, BASQUIAT E DAMIEN HIRST

Agaleria Simões de Assis, também de São Paulo, é outra galeria nacional que participará do Kabinett, com quatro obras de Emanoel Araújo, o fundador do Museu Afro Brasil (SP), que morreu aos 81 anos no dia 7 de setembro. Curadora da galeria, Júlia Lima explica que a aplicação já havia sido feita em torno da produção do artista, por conta de uma grande exposição sua em Nova York, prevista para 2023, e agora ganha um novo sentido após sua morte.

—Para a gente ficou mais significativo ainda, também produzimos uma publicação para destacar o tamanho da sua obra. É um conjunto sucinto mas com trabalhos icônicos de todas as suas fases, desde as gravuras, passando pelos relevos geométricos, até chegar nas obras dos orixás e dos navios, que refletem mais aprofundadamente sobre a cultura afro-brasileira e o tráfico transatlântico —adianta Júlia.

A ampliação da diversidade, um dos maiores desafios para a organização da feira para ir além de pesos-pesados como Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat e Damien Hirst pelos corredores das principais galerias, é buscada não só nos temas, mas na variação das procedências das obras. Uma delas, no programa Meridians (que também inclui a instalação “Achados e perdidos”, dobrasileiroJonathasdeAndrade), é uma tela sem título pintada por Sara Flores e sua filha, Deysi Leny Flores, ambas artistas da comunidade indígena Tanbo Mayo, na Amazônia peruana.

—A obra fala de questões como a destruição da floresta. E também da perda das nossas tradições entre as gerações mais jovens — explica Deysi.

Nelson Gobbi viajou a convite da Art Basel Miami

‘A OBRA FALA DE QUESTÕES COMO A DESTRUIÇÃO DA FLORESTA. E TAMBÉM DA PERDA DAS NOSSAS TRADIÇÕES ENTRE AS GERAÇÕES MAIS JOVENS’, DIZ ARTISTA INDÍGENA

Segundo Caderno

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2022-11-30T08:00:00.0000000Z

2022-11-30T08:00:00.0000000Z

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