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Novo presidente da Eletrobras defende privatização

Rodrigo Limp toma posse e substitui Wilson Ferreira. Executivo diz que empresa precisa estar capitalizada para investir

BRUNO ROSA bruno.rosa@oglobo.com.br

Em cerimônia virtual, Rodrigo Limp assumiu ontem a presidência da Eletrobras ressaltando a importância e a necessidade de privatização da estatal, dona de 30% da capacidade de geração do país e de 45% da transmissão de energia elétrica do Brasil.

Em evento que contou com a participação do ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, e do presidente do Conselho de Administração da Eletrobras, Ruy Flaks, Limp, que ocupava o cargo de secretário de Energia Elétrica do MME, disse que a empresa precisa estar capitalizada para manter seu papel de liderança no setor nos próximos dez anos, quando são esperados investimentos de R$ 360 bilhões em geração e transmissão no Brasil. — Para que a Eletrobras consolide sua posição de liderança na expansão do setor, a companhia precisa estar capitalizada, com capacidade de investimento, e ter competitividade frente a outros agentes do setor. Nesse sentido, é muito importante avançar no processo de capitalização da Eletrobras. Dedicarei todos os meus esforços para fazer da Eletrobras uma empresa cada vez mais forte —disse Limp.

PRAZO NO CONGRESSO

O atraso no processo de privatização da Eletrobras desgastou a relação do governo com o ex-presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior.

Ele deixou o comando da estatal e assumiu a direção da BR Distribuidora. A previsão é que a privatização da estatal levante R$ 61 bilhões, segundo projeções do governo.

Assim como Limp, Bento Albuquerque também defendeu a privatização da Eletrobras. A expectativa é que o relatório da medida provisória para capitalizar a estatal seja aprovado em dez dias na Câmara. Depois disso, será enviado ao Senado. O prazo para aprovação expira no dia 25 de junho, mas o governo pode pedir prorrogação por mais quatro meses. O projeto, no entanto, enfrenta resistência dos trabalhadores da estatal e de partidos de oposição. — Reconhecemos que a Eletrobras precisa realizar mais investimentos para continuar expandindo seus negócios, gerando mais retornos para a sociedade e os acionistas. Quando comparamos com os pares do setor elétrico no país e no mundo, constatamos o potencial de valor sem as amarras estatais —disse o ministro. Flask, que é membro do Conselho de Administração da Petrobras, também destacou a importância da privatização: —Sabemos que o caminho é o caminho da capitalização. Não é um caminho fácil, é um caminho que enfrenta obstáculos e antagonismos.

Economia

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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