Uma novidade nem tão surpreendente assim

Elenco repleto de caras novas em inícios de ciclo virou padrão na seleção brasileira; desta vez são dez novatos

Os 23 convocados por Ramon Menezes para o amistoso contra Marrocos, sábado, em Tânger, chamam a atenção pela quantidade de caras novas. Dez vivem a expectativa de vestir a Amarelinha pela primeira vez. É quase o total dos 13 que não participaram da Copa do Mundo do Catar e estarão neste amistoso de abertura do período que vai até a Copa de 2026.

Os números se destacam, mas estão dentro do padrão das convocações pós-Copa: muitas novidades, um esquecimento inicial daqueles que disputaram o último Mundial e nomes que muitas vezes não se mantêm no radar da seleção.

Ocicloanterior foi marcada pela manutenção de Tite no comando, algo que não ocorria desde Zagallo entre 1970 e 1974. Nem por isso o treinador deixou de usar os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador para oxigenar o grupo. Foram 11 que não estavam na Rússia (2018), sendo seis estreantes. Um deles foi o goleiro Hugo Souza, do Flamengo, como parte da estratégia do técnico de sempre convocar um sub-20.

Os demais novatos foram Arthur, na época do Barcelona; Andreas Pereira, do Manchester United; e o então gremista Cebolinha, que viveu o auge com a Amarelinha na Copa América de 2019 e, depois, perdeu espaço. Mas também houve os que se firmaram: Lucas Paquetá e Richarlison (chamado para o lugar de Pedro, que lesionara o joelho).

Quatro anos antes, a ressaca dos 7 a 1 não promoveu uma renovação completa da seleção. Mas Dunga chamou 11 atletas que não disputaram a Copa de 2014 para jogos contra Colômbia e Equador. Com a lesão de Hulk, optou por Robinho, e o número subiu para 12. Destes, só três estreantes: o zagueiro Gil, o meia Everton Ribeiro e o atacante Ricardo Goulart.

Renovação muito maior foi vista em 2010. Mano Menezes convocou 19 que não estiveram na África do Sul para enfrentar os Estados Unidos. Destes, dez pela primeira vez.

Já o ciclo para a África do Sul foi aberto com 14 nomes que não haviam participado do Mundial da Alemanha, em 2006. Cinco eram estreantes. Entre eles, o lateral Marcelo, que faria História pela seleção.