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AMOR-PRÓPRIO COMO ELO ENTRE O COUNTRY E O POP

CANADENSE SHANIA TWAIN, QUE GANHOU DOC E VAI SAIR EM TURNÊ, FALA SOBRE NOVO ÁLBUM E COMO FOI CONHECER ANITTA: ‘MUITO ACESSÍVEL’

MARI TEIXEIRA mariana.neves@infoglobo.com.br

Miley Cyrus e Shakira acabam de chegar ao topo das paradas com canções carregadas de indiretas para seus ex-maridos e mensagens de independência. Timing perfeito, portanto, para Shania Twain lançar seu sexto álbum “Queen of me” (“Rainha de mim”, em tradução livre). O novo trabalho (que chega às plataformas na próxima sexta-feira, dia 3) explora o caminho do amor-próprio e, segundo a estrela pop, dá “um passo adiante” quando o assunto é empoderamento.

Este é o primeiro disco inédito da artista desde 2017, e já estão disponíveis quatro das 12 faixas do disco: “Giddy Up!”, “Waking up dreaming”, “Last day of Summer e “Not just a girl”. Nessas, Shania explora a sonoridade pop rock com toques de country que a fez sucesso no mundo todo. No restante do álbum, no entanto, as composições tendem para um pop com elementos de dance music.

—Componho sempre para mim, e escrevi este álbum durante a pandemia —explica a canadense em entrevista via Zoom. —Queria algo que me botasse para cima, me levasse a um lugar feliz, quase uma terapia no auge da Covid. Então as canções saíram assim, dançantes.

SENTINDO NA PELE

Diferentemente da melodia, que segue caminhos por vezes inesperados, as letras lembram hits anteriores de Shania, como “Man! I feel like a woman!”. Na faixa que dá nome ao álbum, por exemplo, a artista canta por independência emocional e financeira: “Não preciso de um rei, fique com o anel/ Eu tenho o ouro no meu peito, um coração que pode cantar/ Sou uma rainha”.

— Há anos as pessoas me dizem que minha música as inspira a serem mais confiantes e poderosas. Saber disso torna tudo mais legal, e esse álbum dá um passo adiante nesse sentido —conta.

Desta vez, mais do que escrever, a canadense decidiu mostrar confiança e poder feminino. Vencedora de cinco Grammys e com 57 anos de idade, ela decidiu fazer uma sessão de fotos sem blusa para o lançamento de “Waking up dreaming”. E explica:

—Nunca gostei de me ver nua no espelho. Precisava fazer algo para me sentir mais confortável nessa situação, porque essa sou eu. É o mais pessoal que pode chegar (risos). Então pensei: na minha idade, como posso ser um exemplo para as pessoas?

ANO NA ESTRADA

Como parte dos lançamentos desta fase de Shania, está disponível na Netflix um documentário sobre a vida e carreira da artista intitulado “Not just a girl”, mesmo nome de uma das faixas do novo álbum.

Além do documentário e do disco, Shania anunciou uma turnê com mais de 70 shows, nos Estados Unidos, Europa e Canadá, começando em abril e terminando em novembro. Mesmo fora do itinerário inicial, ela diz que gostaria de vir ao Brasil novamente. A primeira vez foi em 2018, quando se apresentou na festa do Peão de Barretos, em São Paulo:

— Eu quero muito voltar por um período maior de tempo, para fazer mais de um show e conhecer o país. Não vejo a hora.

Familiarizada com o que toca por aqui ela já está. E gosta. Shania foi a um show de Anitta na Suíça e aproveitou para conhecer a “girl from Rio”.

— Ela é muito acessível —observa Shania. —O que me marcou foi que ela e os dançarinos estavam se divertindo tanto no palco, com uma energia incansável. Dava para ver que ela ama o que faz.

Segundo Caderno

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2023-01-27T08:00:00.0000000Z

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