Ex-assessores do PT e de siglas aliadas assumem EBC

Coordenador de candidato apoiado pelo partido no DF será presidente, e diretoria terá nomes das campanhas de Dilma e Haddad

Ogoverno Lula escalou para as posições de comando na EBC, empresa responsável pela TV Brasil e outros órgãos da comunicação pública, exassessores de campanhas petistas e de partidos aliados.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), anunciou o jornalista Hélio Doyle para a presidência da estatal, de acordo com o colunista Lauro Jardim, do GLOBO. Professor e consultor político, ele participou da equipe de transição montada por Lula e coordenou a campanha de Leandro Grass (PV) ao governo do Distrito Federal. Doyle também chefiou a Casa Civil na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB) no DF e atuou nos governos de Joaquim Roriz e Cristovam Buarque.

“Convidamos hoje Hélio Doyle para assumir a presidência da EBC. Com o apoio do presidente Lula, também farão parte da nova direção Antônia Pellegrino, Flávia Filipini, Nicole Briones e Jean Lima. Começa uma nova etapa no projeto de comunicação pública no Brasil!”, publicou Pimenta no Twitter, ontem.

Roteirista e mestre em Literatura, Antônia Pellegrino, que se posicionou em apoio a Lula na campanha, será diretora de conteúdo da estatal. Ela é casada com o deputado Marcelo Freixo (RJ), chefe da Embratur, que recentemente deixou o PSB rumo ao PT.

A jornalista Flávia Filipini, que foi assessora da Presidência nos governos Lula e Dilma e atuou nas campanhas presidenciais petistas de 2014, quando Dilma foi reeleita, e 2018, em que Fernando Haddad foi derrotado, será diretora de jornalismo. Já a jornalista Nicole Briones, que também participou da campanha de Haddad e cuidou da gestão das redes sociais de Lula entre 2017 e 2021, vai assumir a superintendência de redes sociais enquanto. O historiador Jean Lima, outro nome citado por Pimenta, será o diretorgeral da EBC.

Pimenta decidiu antecipou a troca de comando depois de antiga gestão tomar duas atitudes que ele considerou provocações. No dia 4 de janeiro, quando fez sua primeira visita oficial à EBC, o twitter da autarquia registrou sua presença como “Cecretário (sic) de Comunicação Social”. Depois, dois dias após os atos de 8 de janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi chamado para comentar a ação de extremistas.