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FAVORITOS FICAM COM AS VAGAS NO GRUPO B

Depois de cair de produção, Inglaterra mexe no time titular, volta a jogar bem e vence; em duelo cercado de expectativa extracampo, Estados Unidos superam Irã e passam em segundo lugar na chave

RENAN DAMASCENO E TATIANA FURTADO Enviados especiais esporteglb@oglobo.com.br DOHA

Holanda e Estados Unidos abrem as oitavas de final da Copa do Mundo no sábado, às 12h (de Brasília), no estádio Khalifa, enquanto Inglaterra e Senegal jogam no domingo, às 16h, no Al Bayt. Os quatro times celebraram a vaga ontem, embora tenham apresentado futebol e caminhos diferentes ao longo da primeira fase. Os ingleses voltaram a vencer, desta vez o País de Gales, por 3 a 0, enquanto os americanos superaram o Irã, por 1 a 0.

A Inglaterra viveu emoções distintas. A goleada na estreia sobre o Irã por 6 a 2 encheu a torcida de expectativas, frustradas logo em seguida com um empate sem gols contra os Estados Unidos. Mais do que o resultado, a falta da capacidade de criação contra os americanos e a atuação abaixo da média de peças importantes acenderam um sinal de alerta, obrigando Gareth Southgate a um “ajuste de rota” na escalação para encarar País de Gales, no Ahmad bin Ali.

E as trocas deram certo. Com noite inspirada de Marcus Rashford e Phil Foden, os ingleses venceram os galeses por 3 a 0. E não são só o triunfo e a vaga que Southgate deve comemorar. Ao rodar o time, o treinador teve resposta positiva, viu a equipe voltara criar chances de gols e dominara posse de bola. Henderson no lugar de Mason Mount deu mais segurança ao meio-campo, liberando Jude Bellingham, apagado contra os americanos. Outras mudanças (estas diretamente ligada ao resultado) foram a entrada da Phil Foden, muito pedido pela torcida, e Marcus Rashford.

Os três gols saíram no segundo tempo. Aos 4 minutos, Rashford cobrou falta com perfeição. Assim que a bola voltou a rolar, os ingleses recuperaram e Kane deu o passe para Foden escorar para as redes. Aos 22, Rashford invadiu a área, gingou e chutou, marcando o terceiro.

TENSÃO FORA DE CAMPO

No Al Thumama, o pré-jogo entre Irã e EUA foi de alta tensão, pelas questões políticas envolvidas, trocas de farpas e barulho nas redes sociais, mas nas arquibancadas e dentro de campo prevaleceu apenas o futebol. Também sobressaiu o time mais bem organizado e que procurou a vitória.

A estratégia do técnico português Carlos Queiroz tinha razão de ser. A seleção iraniana precisava apenas do empate para seguir na competição. Mas a postura do time foi de praticamente abdicar de jogar durante um tempo inteiro. O Irã não teve uma finalização sequer em mais de 45 minutos. Nas parcas tentativas de chegar ao ataque, não havia uma organização ofensiva capaz de fazer a bola chegar com qualidade nos pés de Taremi ou Azmoun.

Não dá para dizer que os Estados Unidos fizeram um jogo brilhante, mas tiveram uma atuação correta. Futebol de um time que dificilmente fará frente a grandes seleções.

O jogo americano passa pelos pés de McKennie. Sem uma boa marcação, ele conseguiu distribuir as bolas com tranquilidade até sair já na reta final. Ele iniciou a jogada do gol da vitória feito por Pulisic, após passe de cabeça de Dest. Até marcar, os EUA já tinham chutado sete vezes.

Catar 2022

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2022-11-30T08:00:00.0000000Z

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