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SURPRESA NO SENADO MARCOS PONTES ARRANCA E BATE MÁRCIO FRANÇA

VICTÓRIA CÓCOLO victoria.nazarini.rpa@sp.oglobo.com.br SÃO PAULO (Colaborou Malu Mões)

Oex-ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes (PL) foi eleito senador por São Paulo ontem com mais de 10,7 milhões de votos (49,68% de votos úteis), superando Márcio França (PSB), que teve 36,27%. As pesquisas de intenção de voto indicavam que França, ex-governador de São Paulo, era o favorito.

Aumentar a bancada de aliados no Senado era um dos principais objetivos do presidente Jair Bolsonaro, já que a Casa foi palco de derrotas do governo durante o primeiro mandato. Até o sábado, França liderava as pesquisas pelo Senado em São Paulo, com 43% das intenções de voto, de acordo com o Ipec, com Pontes com 31%.

— As pesquisas não mostravam isso, mas não fiquei surpreso porque isso tem acontecido em outras eleições. A eleição de senador sempre tem uma diferença. Estou muito feliz aqui com os mais de 10 milhões de votos. Cresci na periferia, e isso é um recado para todos os jovens do Brasil para que eles estudem, trabalhem, persista, sempre façam mais do que se espera— disse Pontes ao GLOBO.

O novo senador é engenheiro, astronauta e tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), além de ter integrado o primeiro escalão de Bolsonaro. Ele foi o primeiro astronauta sulamericano a viajar ao espaço na “Missão Centenário”.

Com a confirmação de sua candidatura, Pontes deixou para trás outros nomes bolsonaristas que se colocavam para disputa ao Senado, como a deputada federal Carla Zambelli (PL), que tornou-se a mais votada no estado para a Câmara dos Deputados. Já França lançou-se senador após meses de disputa com Fernando Haddad (PT) para decidir quem seria candidato ao governo de São Paulo. Os partidos entraram em acordo, com o PT ficando com a vaga ao Palácio dos Bandeirantes, e o PSB liderando a corrida ao Senado.

O resultado deixou fora, ainda, a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) e que teve apenas 2% dos votos.

VAGAS NA ALESP

O Partido Liberal (PL) e a federação composta por PT, PC doBePVf oramos dois grupos que mais conquistaram vagas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ambos terão, cada um, 19 deputados estaduais.

Os partidos da federação de esquerda tiveram seu melhor desempenho na Casa desde 2014. Naquele ano, não havia o sistema federativo, mas, somadas, as legendas elegeram 23 candidatos. Em 2018, PT (10), PC do B (1) e PV (1) elegeram só 12 parlamentares.

Com o presidente Jair Bolsonaro filiado ao partido neste ano, o PL saltou de seis representantes na Casa na eleição passada para 19. O resultado superou até mesmo o do ex-partido de Bolsonaro em 2018, o PSL, que elegeu 15 parlamentares naquele ano.

As três candidaturas mais votadas são de esquerda: Eduardo Suplicy (PT), com 807.015 votos, Carlos Giannazi (PSOL), com 276.811, e a candidatura coletiva Bancada Feminista (PSOL), com 259.771. Na sequência, aparecem Bruno Zambelli Salgado (PL), com 235.305 votos e Major Mecca (PL), com 224.462.

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2022-10-03T07:00:00.0000000Z

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