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SENADO À DIREITA 14 DE 27 ELEITOS DÃO NOVO TOM

NATÁLIA PORTINARI, BRUNO GÓES E EDUARDO GONÇALVES politica@oglobo.com.br

Opresidente Jair Bolsonaro saiu vitorioso na eleição para o Senado, corrigindo potencialmente uma de suas maiores fragilidades nos últimos anos. De 27 vagas na Casa, 14 serão preenchidas por candidatos que tiveram o endosso de Bolsonaro, turbinando especialmente a bancada do PL, seu partido. O ex-presidente Lula (PT), por sua vez, conseguiu eleger oito aliados, entre nomes de seu partido e aliados. Pouco mais de metade de seu adversário.

Além disso, pela primeira vez desde a redemocratização, o MDB não conseguiu ficar com a maior bancada após as eleições. O PL, partido do presidente, vai ter a maior quantidade de senadores. Essa é a primeira eleição desde a redemocratização em que o MDB saiu de uma disputa sem ser a maior bancada na Casa. O partido conseguia garantir sua hegemonia desde 1986. A partir de fevereiro de 2023, se ninguém mudar de partido, o PL terá 13 senadores. O União Brasil e o MDB dividirão a terceira posição de maior bancada com o PSD, com dez senadores cada.

Dos 14 senadores apoiados pelo presidente, quatro deles são ex-ministros do governo Bolsonaro: Rogério Marinho (RN), Marcos Pontes (SP), Tereza Cristina

(MT) e Damares Alves (DF). A nova bancada bolsonarista no Senado também terá um, ex-secretário, Jorge Seif (PL-SC). E o vicepresidente, Hamilton Mourão (RS), que, mesmo não tendo a convivência mais pacífica com o presidente, conseguiu se beneficiar da proximidade.

Apenas oito dos eleitos receberam o endosso do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seis deles da região Nordeste: Camilo Santana (PT-CE), Renan Filho (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Flávio Dino (PSB-MA), Teresa Leitão (PT-PE), Wellington Dias (PT-PI), Beto Faro (PT-PA) e Omar Aziz (PSD-AM).

MDB GANHOU SÓ UM

Os resultados apontam uma boa perspecitva para Bolsonaro, que definiu como estratégia prioritária a eleição no Senado, mais do que nos governos estaduais, conforme vinha alardeando em seus pronunciamentos. Além dos ex-integrantes do governo, os aliados Cleitinho (PSC-MG), Romário (PL-RJ), Magno Malta (PLES), Wilder Morais (PLGO), Wellington Fagundes (PL-MT), Jaime Bagattoli (PL-RO), Dr. Hiran (PPRR) e Dorinho (UB-TO) também terão mandato.

A escolha de Malta representa o fim do ostracismo de um dos primeiros e principais aliados do presidente na eleição de 2018, que terminou a disputa há quatro anos sem mandato e ainda

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2022-10-03T07:00:00.0000000Z

2022-10-03T07:00:00.0000000Z

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