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Fusões, Omakase e cia.

Cardápios com sotaque nipônico variam do tradicional a invenções surpreendentes

CAROL ZAPPA Especial para O GLOBO

OsfãsdecomidajaponesaestãobemservidosnoRio.Tem opções para agradar desde os mais puristas, que encontramconfortoemcasastradicionais sem malabarismos gastronômicos, aos moderninhos, que dispõem de combinações ousadas em destinos de pegada contemporânea ou fusão com outras cozinhas. Outra pedida é entregar-se aos omakases, espécie de menu-confiança oferecido em alguns dos melhores representantes da cidade. Preparem os hashis.

Tempos modernos

Para quem gosta de inovar, o Manabu (99422-1586), em Copacabana, no Posto 6, investe em criações contemporâneas. Na arejada varanda ou no salão decorado com uma tapeçaria do artista plástico Manabu Mabe, que batizaolocal,aaventurapodecomeçar com cubos de black cod na folha de arroz frita com molho sumissô (R$ 59). Na ala de sushis, há pedidas diferentes como foie gras com lichia ou lula trufada (R$ 45 cada dupla) e combinados como o para duas pessoas, com 30 peças, entrada e sobremesa (R$ 280).

Sofisticado endereço da família Nagayama no VillageMall, o Naga (99994-5649) preserva a tradição nipônica aliada a momentos de arrojo. À frente do sushibar, o itamae Raul Ono prepara, com precisão técnica, sushis de peixes que chegam diariamente. Para começar, o ussuzukuri de salmão (R$ 99) é servido com azeite de trufas, flor de sal e raspas de limãosiciliano. Ainda entre os sushis, destaque para as duplas de centolla (R$ 85) e dyo de salmão com ovo de codornaesalsadetrufa(R$34).Da cozinha saem pratos como o rossini de wagyu (R$ 153), com foie gras e teriyaki trufado, hana nirá e farofa de panko.

O Gurumê, fenômeno em Ipanema (3030-8235) e em três shoppings no Rio, tem ambiente clean e cardápio descontraído com pitadas modernas. Ali figuram novidades como o carpaccio de atum com pesto e burrata (R$ 75) e o ajimi guru (R$ 39), com três versões de tartare: peixe do dia com molho cítrico, mozzarella de búfala e caviar mujol; atum ao molho yukke; e salmão, ovo de codorna, shoyu e chili.

Deu liga

Quando imigrantes japoneses chegaram ao Peru, no início do século XX, passaram a incorporar ingredientes e elementos locais às técnicas milenares da Terra do Sol Nascente. Assim surgia a culinária nikkei, uma fusão das cozinhas dos dois países. Por aqui, o chef peruano Marco Espinoza (do Lima) já tinha experimentado o bem-sucedido intercâmbio do Cantón, de comida chifa (que combina sabores peruanos e chineses), em Copacabana. Agora abre, no mesmo bairro, o Kinjo (2143-5059), com opções que vão de ramen a ceviches e tiraditos como o tako olivo: finas fatias de polvo grelhado, tartar de azeitona, guacamole e furikake, um condimento de peixe seco (R$ 69). As duplas de sushi também reúnem os dois sotaques, a exemplo do andino, com atum, ají amarelo, pimenta japonesa e quinoa (R$ 26). Filho de peruano, o carioca Ivan Lee também trouxe um pouco da culinária nikkei para o Chan Chan (98121-7575), que ganha em breve um segundo ponto em Ipanema. A nova casa será ainda mais focada nesses pratos, que já podem ser degustados nos fins de semana na matriz. Por enquanto, para experimentar a mescla de estilos, texturas e sabores, peça o cuzco, sushi redondo de atum com maionese de wasabi e tare picante (R$ 26).

RIO SHOW GASTRONOMIA | INDICE

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2022-08-12T07:00:00.0000000Z

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