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Democracia sermpre

A respeito da carta pela democracia que foi lida hoje no Brasil gostaria de lembrar o ensaio de 1974 “Um passado que acreditávamos não mais voltar”, escrito por Primo Levi, notável intelectual sobrevivente do Holocausto: “Cada época tem seu fascismo: seus sinais premonitórios são notados onde quer que a concentração de poder negue ao cidadão a possibilidade e a capacidade de expressar e realizar sua vontade. A isso se chega de muitos modos, não necessariamente com o terror da intimidação policial, mas também negando ou distorcendo informações, corrompendo a Justiça, paralisando a educação, divulgando de muitas maneiras sutis a saudade de um mundo no qual a ordem reinava soberana e a segurança dos poucos privilegiados se baseava no trabalho forçado e no silêncio forçado da maioria.” Hoje estamos, tal qual Levi, espantados ao voltarmos a nos defrontar com os fantasmas do passado! Ao menos há setores da sociedade que nos dão esperança como os autores da carta. Democracia sempre! GLÁUCIA HELENA BARBOSA

RIO

O manifesto pró-democracia neste histórico dia 11 de agosto tomou conta da nação e, pelo seu brilho e pela sua importância, atravessou fronteiras. O país se uniu pela luz da cidadania evocando a cumplicidade com esse regime democrático. O único que permite respirar a liberdade de ir e vir, e de imprensa etc. Essa manifestação que emocionou o país nocauteia as aspirações de Jair Bolsonaro de continuar flertando com regime de exceção, assim como dos seus aliados e das suas milícias. Irresponsável que é, o presidente demonstrou ser insignificante quando cunhou de “cartinha” esse manifesto assinado por quase um milhão de pessoas, incluindo entidades. Um inútil presidente que, na realidade, enquanto despreza as áreas de educação, saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia, etc., vive abraçado com a ilegalidade, já que, sem pudor algum, disse não respeitar decisões da nossa Corte, consequentemente a Constituição. No mínimo já deveria ter sido deposto de seu cargo pela sua perversidade nesta pandemia da Covid-19, em que não se preocupou salvar vidas. Mas, confesso que nesta quinta-feira, 11 de agosto, eu me senti renovado de esperanças por ver, principalmente, milhares de jovens brasileiros clamando pela democracia...

PAULO PANOSSIAN

SÃO CARLOS, SP

Ventos democráticos do histórico 11 de agosto de 2022 fortalecem o sol, estimulam a luta por um futuro melhor para todos e iluminam corações . Nesta hora de louvores à Constituição, mãe da democracia e das liberdades, e de cartas defendendo eleições limpas e democráticas, vale a pena recordar e salientar quem se dedicou integralmente de corpo e alma à elaboração da Carta Magna: o então deputado federal pelo Amazonas Bernardo Cabral. O parlamentar trabalhou como um mouro, como relator-geral da Constituinte. Bernardo disputou o cargo, em eleições diretas, com o então senador Fernando Henrique Cardoso e com o deputado mineiro Pimenta da Veiga. A Constituição enche de orgulho os brasileiros. Defende direitos trabalhistas, direitos sociais, individuais e direitos humanos. A Carta Magna existe para ser cumprida e não mutilada. Cabral foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), é membro vitalício do Instituto dos Advogados Brasileiros. Foi senador, por dois mandatos e ministro da Justiça no governo Collor. Há meses Bernardo Cabral foi homenageado pela OAB nacional, com discursos de expoentes da magistratura, como o ministro do STF Luiz Fux e o ministro do STJ Mauro Campbell. Cabral completou 90 anos e mora no Rio. VICENTE LIMONGI NETTO

BRASÍLIA, DF

Assistindo à leitura e às manifestações durante a leitura da “Carta aos brasileiros”, neste 11 de agosto, sou tomado por uma emoção que havia me abandonado: o orgulho de ser brasileiro!

Estado democrático de Direito sempre.

ODILON JUNQUEIRA

RIO

O requisito fundamental para o ingresso nas Forças Armadas é ser cidadã/cidadão brasileiro nato. A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito” robustece a cidadania brasileira. Logo, cidadãs e cidadãos brasileiros, civis e militares, hoje estão mais fortes na civilização.

ANTÔNIO ALBERTO M. NIGRO RIO

Nesta quinta-feira acordei mais leve. Li a coluna de Míriam Leitão (“A voz polifônica da democracia”, 11 de agosto) com muita esperança no coração. Já tinha assistido a seu programa na GloboNews com o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e a atriz Malu Mader e fiquei orgulhoso de estar participando do movimento em prol da democracia junto a pessoas de tamanha importância para o esclarecimento de questões tão caras à sociedade.

Que as vozes do Largo de São Francisco, em São Paulo, espanquem as trevas do autoritarismo definitivamente. Que assim seja.

MÁRCIO DOS SANTOS BARBOSA

RIO

RIO LEITORES

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2022-08-12T07:00:00.0000000Z

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