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Para PF, Faraó dos Bitcoins ensaiou sua fuga do país

Associação com ex-piloto de Pablo Escobar levou à compra de aeronave com capacidade para 19 pessoas

RAFAEL NASCIMENTO DE SOUZA rafael.souza@extra.inf.br

Um piloto que teria trabalhado para o traficante colombiano Pablo Escobar (1949-1993) foi responsável por uma tentativa de fuga do empresário e ex-pastor Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, antes de sua prisão, em agosto de 2021, por crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, o piloto, que não teve seu nome revelado, está foragido nos Estados Unidos. A PF cumpriu novo mandado de prisão ontem contra o empresário e outras quatro pessoas, incluindo o piloto, na quarta fase da Operação Kryptos.

O piloto, que já tinha sido preso, conseguiu sair do Brasil com passaporte falso e, no EUA, estruturou uma empresa com Glaidson. Em solo americano, utilizou documentos falsos para justificar depósitos e expedir notas fiscais. Valores saíam para a conta de Glaidson, em depósitos de criptoativos lastreados em dólar americano.

Segundo os investigadores, o piloto, a pedido de Glaidson, “foi o responsável por viabilizar a documentação necessária à estada dos chefes da organização criminosa no país americano”.

Durante as investigações, ficou constatado que Glaidson encarregou o piloto de comprar uma “aeronave com capacidade para 19 pessoas” para que ele usasse em território americano e também pudesse fugir em caso de mandado de prisão. A PF diz que a aquisição chegou a ser feita, e o avião foi comprado no nome da filha do piloto. Nesta fase da operação, foram apreendidos 10 veículos de luxo, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

RIO

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2022-08-12T07:00:00.0000000Z

2022-08-12T07:00:00.0000000Z

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