Linguagem neutra

Como é possível que, num país onde o número de semialfabetizados é monstruoso, e os professores se deparam a cada ano com as lacunas do saber em todos os níveis de escolaridade, haja movimento para se criarem mais obstáculos linguísticos no aprendizado? A incapacidade de se expressar por escrito é evidenciada no Enem. Que necessidade de “inclusão” é essa? Inclusão é nos respeitarmos uns aos outros. É nos despirmos de preconceitos imbecis, que só nos tornam seres humanos piores. Parece até brincadeira de mau gosto a tal “linguagem neutra”. Não é tão simples. Há de se mexer nas desinências de substantivos, adjetivos, numerais, nos particípios verbais etc., e tudo à revelia do interesse das escolas e do uso popular da língua. Passar por cima da Constituição parece ter virado moda no Patropi. MARLENE DE LIMA

RIO