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PF mira contratos de instituto que faz o Enem

APolícia Federal deflagrou ontem a operação Bancarrota, para investigar um possível superfaturamento de R$ 130 milhões na impressão das provas do Enem entre 2010 e 2018. Em parceria com a ControladoriaGeral da União, a PF investigou contratos no valor de R$ 880 milhões.

De acordo com a PF, o Inep contratou, “sem observar as normas de inexigência de licitação”, uma empresa que recebeu R$ 729 milhões de recursos públicos nesse período. Além disso, a investigação descobriu o envolvimento de servidores com diretores da empresa responsável pela impressão e de consultorias que foram subcontratadas.

Segundo a PF, investigações apontaram um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do Inep suspeitos de participação no esquema. A Justiça Federal determinou 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo e o bloqueio de R$ 130 milhões das empresas e pessoas investigadas. Os mandados foram cumpridos por uma equipe de 127 policiais federais e 13 auditores da CGU.

A Bancarrota apura se houve a prática de cinco crimes: organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro. Recentemente, o Inep enfrentou uma crise com o pedido de exoneração de 37servidores em cargos de coordenação, insatisfeitos com a gestão do presidente do instituto, Danilo Dupas.

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2021-12-08T08:00:00.0000000Z

2021-12-08T08:00:00.0000000Z

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