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Regra dos 70 jogos pode ser flexível

Segundo secretário, número serve de parâmetro para garantir viabilidade, mas gestores podem buscar receitas complementares

GESTÃO DO MARACANÃ

Ogoverno do Rio de Janeiro realizou ontem a primeira audiência pública para debater o edital da nova concessão do Maracanã à iniciativa privada. De acordo com a Casa Civil, outros encontros irão acontecer e sugestões da sociedade serão apresentadas.

O planejamento é que a versão final do edital seja apresentada em janeiro. Até lá, Flamengo e Fluminense continuarão a gerir o estádio através do Termo de Permissão de Uso.

Segundo o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, responsável pela concessão, a quantidade estabelecida de 70 jogos por ano é para garantir a viabilidade econômica para manutenção do Maracanã. No entanto, disse que esse número é um parâmetro.

— Setenta jogos são o número necessário que garante viabilidade econômica para a manutenção do estádio. O Maracanã demanda um valor expressivo de manutenção anual. Os estudos apontaram 70 jogos como parâmetro, conjugado com a obtenção de outras receitas, garante a manutenção para o prazo de 20 anos da concessão. Isso não significa que havendo necessidade de um número menor, o gestor busque receitas complementares à realização de jogos —afirmou.

Miccione comentou sobre a forma como a minuta do edital foi escrita, onde prioriza que os clubes se unam a consórcios para administrar o Maracanã:

— Nesse modelo, a gente traz os clubes como protagonistas para que as regras estejam previamente discutidas com o gestor ou com o consórcio vencedor, de modo que tenhamos um ano de atividades sem discussão jogo a jogo do gestor com os clubes. Você força que a gestão do estádio previamente converse com os clubes.

INTERESSE DOS CLUBES

Flamengo, Fluminense e Vasco têm interesse em gerir o estádio de forma conjunta. O rubro-negro acredita que a parceira entre os três times deixará a questão financeira mais sustentável. No clube, o assunto é tratado diretamente pelo presidente Rodolfo Landim, que destacou o CEO Reinaldo Belotti para ir à audiência pública de ontem.

Os planos do Vasco são de reformar São Januário e gerir o Maracanã seria um facilitador para as obras. Segundo a diretoria, o clube teria condições de transferir partidas e, posteriormente, com a reforma realizada, o Maracanã seguiria sendo opção para jogos com maior apelo de torcida.

O Fluminense, apesar das rusgas recentes com o Flamengo — que afirmou que banca a parte do tricolor no estádio, o que o rival nega —, mantém a ideia de continuar na concessão do Maracanã ao lado do rubro-negro. Sobre a participação do Vasco na parceria, o vice-presidente de relações institucionais, Matheus Montenegro, disse que o edital final ainda não foi lançado, mas que “no momento da procura, vai analisar a possibilidade”.

Esportes

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2021-10-28T07:00:00.0000000Z

2021-10-28T07:00:00.0000000Z

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