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Trecho da Ciclovia Tim Maia ficará fechado por quatro meses

Prefeitura vai repor 5.600 metros de grades. Estrutura de alumínio será trocada pela de polímero e fibra de vidro, menos sujeita aos furtos constantes

GIOVANNI MOURÃO giovanni.mourao@infoglobo.com.br

Obras de substituição das grades de proteção da Ciclovia Tim Maia foram iniciadas na manhã de ontem pela prefeitura do Rio. Orçada em R$ 4,1 milhões, a intervenção compreende o trecho entre o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, e o Mirante Ciclovia, em São Conrado, na Zona Sul. A estrutura do guarda-corpo atual, de alumínio, será substituída por material sem valor comercial, para evitar os furtos frequentes do material, grande problema hoje. Ao longo das obras, que têm duração prevista de quatro meses, a passagem permanecerá bloqueada.

A reposição do gradil é reivindicação antiga de ciclistas e moradores, uma vez que boa parte da ciclovia está sem qualquer proteção nas laterais em razão da pilhagem constante. Serão instalados 5.600 metros de guarda-corpos ao longo de 3 quilômetros de pista.

O secretário municipal de Infraestrutura, Jorge Arraes, explica que o novo gradil é feito de polímero reforçado por fibra de vidro, material sem valor de revenda no mercado clandestino e que, assim como o alumínio, não sofre corrosão decorrente da maresia:

— O material novo tem zero valor comercial e as mesmas segurança e resistência do anterior. É importante destacar também que, durante os quatro meses da obra, esse trecho ficará bloqueado com tapumes.

Para Miguel Lasalvia, presidente da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio (Cscrj), a obra será benéfica para todos os ciclistas da região.

—Aquele trecho é muito importante para o trajeto entre Zona Oeste e Zona Sul. Uma alternativa é usar a ciclovia da Estrada do Joá, mas nem todos têm condicionamento físico para isso. Acredito que vão conseguir terminar a obra antes dos quatro meses previstos —opina Lasalvia.

A prefeitura pretende estendera substituição do gradil para o trecho entre a Avenida Niemeyer, em São Conrado, e o Leblon, onde a ciclovia tem início, mas só após o fim da intervenção judicial no local.

—A Justiça determinou, em sentença, que o trecho da Niemeyer só poderá ser reaberto com atestado de segurança do Crea, vinculado a estudos técnicos que estamos contratando pelo IN PH( Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias). Com base nesses estudos, vamos fazer uma revisão dos projetos dos pilares, para sabermos onde será necessário reforço na estrutura. Quando ficarem prontos, vamos entregá-losa o juiz, que deve submetê-losa o Crea —explicou o secretário.

Esse trecho está interditado desde abril de 2019 pela Justiça, após uma chuva intensa causar novo desabamento. Inaugurada em 2016, a ciclovia já sofreu quedas em quatro pontos, todos em São Conrado. A primeira delas resultou em duas mortes.

Rio | Tempo

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2021-10-28T07:00:00.0000000Z

2021-10-28T07:00:00.0000000Z

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