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Violação às regras nas redes vai de alerta a exclusão de conta

YouTube, que suspendeu perfil de Bolsonaro, tem normas mais claras do que Twitter e Facebook

LUCAS MATHIAS lucas.mathias@oglobo.com.br

Opresidente Jair Bolsonaro teve sua conta no YouTube suspensa por uma semana, na segunda-feira, depois de sua fala inverídica, em um vídeo, que relacionava a vacina contra Covid-19 à Aids. A consequência está listada nas diretrizes de convivência da plataforma e, caso Bolsonaro volte a violar essas regras, pode ser até banido da rede. A suspensão definitiva de um perfil também está prevista em outras plataformas, como Facebook e Twitter, só que de maneira mais subjetiva.

A justificativa dada pelo YouTube para a suspensão do conteúdo do presidente da República, como informou a colunistado GLOBO Bela Me gale, foi uma violação das“diretrizes de desinformação médicas ob rea Covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas ”. A plataforma já excluiu 33 vídeos do presidente.

De acordo com as normas do YouTube, também podem ser punidas informações falsas que abrangem “tipos de conteúdo enganoso que pode causar danos graves”, como a “promoção de medicamentos ou tratamentos nocivos” e “vídeos que interfiram em processos democráticos”. Golpes, fraudes, conteúdo sensível ou violento, bullying e venda de produtos não regulamentados, entre outros, também estão na lista.

O primeiro tipo de punição é um alerta enviado ao usuário e que fica permanentemente atrelado ao canal. Caso as diretrizes sejam novamente violadas, é aplicado um primeiro aviso — como o que recebeu Bolsonaro —, somado a uma suspensão de uma semana. Caso o usuário receba um terceiro aviso, o canal é “removido permanentemente do YouTube”, define a plataforma.

O Facebook também já excluiu publicações de Bolsonaro por compartilhar desinformação sobre a Covid-19. Entre os padrões de comunidade da rede social sujeitos a punições, também estão itens como discurso de ódio, notícias falsas e conteúdos discriminatórios.

Diferentemente do Y ou Tube, porém, o Facebook tem critérios mais subjetivos para o banimento de uma conta. Apesar de falarem recorrência de violações, não delimita quantas são necessárias para que essa punição mais grave seja aplicada.

A plataforma explica que pode“remover ou restringir o acessoa conteúdo que viole” seus padrões ou que possa causar“impactos jurídicos ou regulatórios adversos para o Qu andou ma publicação compartilhada é removida, o usuário é avisado e pode contestara penalidade.

Outra rede que já apagou e sinalizou publicações de Bolsonaro no contexto da pandemia, o Twitter também conta com uma política de punições mais subjetiva. Para determinar se é necessário ou não tomar uma medida corretiva, a plataforma leva em consideração se o comportamento é direcionado a um indivíduo, grupo ou categoria protegida de pessoas; se a denúncia foi registrada pela vítima do abuso/assédio ou por um espectador; se o usuário já é conhecido por violar as políticas da rede; se a violação é grave; e se o conteúdo pode ser tema de interesse público legítimo.

“Se alguém violar repetidamente as Regras do Twitter, nossas medidas corretivas serão ainda mais rigorosas. Isso significa exigir que os violadores removam os Tweets e tomar outras medidas (...). Se alguém continuar a violar as referidas regras além desse ponto, a conta dessa pessoa será suspensa permanentemente”, define a plataforma.

Política

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2021-10-28T07:00:00.0000000Z

2021-10-28T07:00:00.0000000Z

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