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Dona da Sadia e Perdigão vai investir em energia solar

Produção da unidade, localizada no Ceará, vai abastecer as fábricas da BRF no Sul do país. Operação deve ter início em 2024

BRUNO ROSA bruno.rosa@oglobo.com.br venture joint

ABR F, umadas maiores empresas de alimentos do mundo e do nadas marcas Sadia e Perdigão, firmou parceria com abrasileira Pontoon para a construção de um par quede energia sol arno Ceará. O investimento será de R$1,1 bilhão. Em 15 anos, a companhia estima redução de despesas com eletricidade de R$1,7 bilhão com o projeto.

O anúncio ocorre em meio à mais grave crise hídrica do país dos últimos 91 anos eà forte alt anos preços da energia elétrica, com alerta de especialistas sobre o risco de apagões nos horários de pico.

Localizado nas cidades de Mauriti e Milagres, o parque solar terá capacidade instalada de 320 Megawatts em 1.170 hectares. A energia gerada em um ano equivalerá ao abastecimento de meio milhão de residências.

No local, serão instalados 600 mil painéis solares, que permitirão que a energia gerada seja distribuída às unidades da BRF no Sul do país. Segundo a empresa, o começo das obras está previsto para 2022, e a construção do complexo solar deve ser concluída até o fim de 2023, com o início das operações em 2024.

Lorival Luz, CEO da BRF, disse que os investimentos na autoprodução de energia têm como objetivo a redução de custos e de gases causadores do efeito estufa.

—Os investimentos cobrem três importantes pilares de sustentação do nosso negócio, como a sustentabilidade, pois vamos reduzira emissão degases do efeito estufa, o econômico, pois teremos valores de produção mais competitivos e potencial redução de custos de aproximadamente R$1,7 bilhão nos próximos 15 anos, e operacional, assegurando fornecimento para nossas unidades —explica Luz.

Em evento on-line, a BRF lembrou ainda de uma

(parceria) anunciada recentemente coma A ES Brasil para autoprodução de energia eólica, um projeto que somou investimentos de R$130 milhões em energia. Com o atual portfólio de energia limpa, a empresa atingirá 88% de energia elétrica proveniente de fontes limpas e renováveis no Brasil até 2030.

—Coma operação deste complexo solar e do parque eólico construído em parceria coma A ES Brasil, será possível garantira auto produção de energia necessária para atender dois terços das necessidadesde nossas unidades no Brasil, oferecendo energia limpa acustos mais competitivos—explica Vinicius Barbosa, vice-presidente de Operações e Suprimentos da BRF.

No início da semana, outra gigante industrial, a ArcelorMittal Tubarão inaugurou uma planta de dessalinização de água do mar. Com investimentos de R$ 50 milhões, a unidade vai garantir maior segurança hídrica para a empresa e para o Espírito Santo.

Segundo o presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, a produção da planta está alinhada à estratégia da empresa frente a futuros cenários de escassez hídrica.

A água tratada será destinada para fins industriais, substituindo parte do volume consumido do Rio Santa Maria da Vitória e permitindo, assim, maior disponibilidade do recurso para a sociedade.

Benjamin explica que o sistema utilizará tecnologia de osmose reversa, comum em países como Israel, Espanha e Estados Unidos:

—Nossas equipes fizeram estudos durante cerca de dois anos, incluindo avaliação de várias alternativas tecnológicas para dessalinização, análises de qualidade da água do mar, discussões técnicas com fornecedores de todo o mundo, testes em laboratório e até visitas técnicas em plantas na Argentina e nos Estados Unidos.

Economia

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2021-09-17T07:00:00.0000000Z

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