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Um respiro de cultura e arte a cada esquina

Ótimos museus, cinemas de rua e de shoppings, teatros e manifestações artísticas perto de casa

Alimentar-se de cultura nas horas livres é um hábito que pode ser facilmente desenvolvido em Botafogo. No bairro, é possível ir a uma sessão de cinema, a uma livraria, assistir a uma peça de teatro ou visitar um museu com uma facilidade pouco comum nas grandes capitais. A mesma região reúne pontos culturais que vão dos mais tradicionais aos mais modernos.

Para quem é apaixonado por arte, História e inovação, o bairro está recheado de opções. O Museu do Índio e a Fundação Casa de Rui Barbosa são espaços que oferecem jardins, acervo e exposições, enquanto a Casa Firjan é um ambiente de educação e criatividade que promove cursos e palestras, além de ter uma ampla área verde.

— A Casa de Rui Barbosa engloba o museu, o jardim histórico e três bibliotecas, onde estão os acervos de Rui, além de escritores como Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Maria Clara Machado.

Rui comprou a casa para guardar seus livros e para que sua família pudesse aproveitar o espaço verde. Ele cultivava rosas, uvas e se sentava nos bancos – comenta Letícia Dornelles, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, acrescentando que o local recebe, diariamente, 250 pessoas no jardim. A arqueóloga Marina Buffa César, de 38 anos, mora em Botafogo desde 2006. Entre os seus programas preferidos pelo bairro estão as visitas aos museus, onde ela aproveita para ler e descansar.

— O Museu do Índio e a Casa de Rui Barbosa são dois lugares lindos para você ficar em paz. Sempre fiz visitas e vi exposições itinerantes no Museu do Índio. Acho a Casa de Rui Barbosa um lugar de reflexão. É um espaço rico, cheio de ensinamentos — avalia.

ESPONTANEIDADE

Marina gosta também de frequentar as livrarias, onde costuma tomar um café e escolher um livro. Mas, para ela, o grande barato do bairro é a espontaneidade com que as manifestações culturais acontecem: — Aqui, tudo acontece do nada. Moro ao lado da Praça Mauro Duarte. Às vezes, antes da pandemia, tinha um sambinha, uma feira de artesanato, uma roda de capoeira. É tudo muito acessível aqui, democrático. O roteirista Leonardo Viso, de 48 anos, mudou-se para Botafogo em 2010 atrás das salas dos cinemas de rua do Grupo Estação e do Espaço Itaú de Cinema. Depois, passou a frequentar os teatros Poeira e Solar de Botafogo e os pequenos espaços de residência artística. Viso também aproveita as manifestações culturais menos clássicas.

— Já fui aos ensaios da São Clemente, escola de samba do bairro, que acontecem próximo ao carnaval na Praça Corumbá. É muito legal, porque quem frequenta é o pessoal da escola, da comunidade. Também já visitei o Cemitério São João Batista, que tem jazigos de figuras históricas e grandes personalidades brasileiras — conta ele. O estudante de doutorado Gustavo Alvim, de 34 anos, nasceu e cresceu em Botafogo. Apaixonado por cinema, gosta da agitação que as salas da Rua Voluntários da Pátria oferecem ao bairro.

— Essa ideia de cinema de rua é muito boa, dá uma outra vida a tudo. Os cinemas do Grupo Estação são anteriores aos bares do Baixo Voluntários. Foi o cinema que deu sobrevida para a boemia nos últimos anos — avalia.

Zona Sul Para Viver | Rj Botafogo

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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