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Às margens da Baía de Guanabara, caminhadas em um cenário perfeito

Área de exercícios e areias da orla ficam cheias pela manhã e são ponto de encontro dos moradores

Aprocura pela orla de Botafogo é grande, principalmente pela manhã. Moradores locais e também de bairros próximos aproveitam toda a beleza da Baía de Guanabara e o ótimo clima desse momento do dia para praticar exercícios. A pista virou um ponto de encontro entre aqueles que querem correr, pedalar ou caminhar por ali, enquanto as areias são frequentadas pelos praticantes de esportes coletivos ou atividades aeróbicas. A vista, de um lado para o Pão de Açúcar e de outro para o Cristo, é uma atração à parte — ou será a principal?

De um lado, o Pão de Açúcar; do outro, a entrada do Aterro do Flamengo; e, ao fundo, o Cristo Redentor. O cenário da Enseada de Botafogo não é só procurado para os registros em imagem de uma das mais belas vistas do Rio, mas também por quem quer se exercitar curtindo a paisagem deslumbrante. A pista de caminhada, que liga o bairro da Urca ao Aterro do Flamengo, recebe, diariamente, moradores da região que querem correr, pedalar ou caminhar por ali, enquanto as areias são frequentadas pelos praticantes de esportes coletivos ou atividades aeróbicas. O arquiteto e urbanista Camilo Júnior, de 24 anos, frequenta a orla do bairro diariamente. Ele pratica futevôlei na Atytude Futevôlei Botafogo, academia que oferece aulas nas areias da praia. Quando não consegue treinar, corre na pista no final da tarde. — Gosto de jogar futevôlei na aula de 6h da manhã, para acompanhar o nascer do sol. É incrível ver a paisagem se modificar todos os dias — conta ele.

Para Camilo, a região funciona também como ponto de encontro e é um ambiente de diversidade. Os colegas de futevôlei já viraram amigos pessoais. Ele explica que o futevôlei virou uma extensão do seu círculo social.

— É uma relação de família. A Praia de Botafogo é um ambiente democrático. Você vê pessoas de diversas idades, classes sociais, profissões, orientação sexual — avalia.

A gerente de restaurante Carolina Meira, de 43 anos, mora em Botafogo há 23 anos. As caminhadas na orla sempre fizeram parte da sua rotina, mas de maneira intermitente. Há dois meses, ela voltou a se exercitar três vezes por semana. Depois de deixar o filho na escola, às 7h30, ela caminha do início da Praia de Botafogo até o Monumento a Estácio de Sá.

— Tem me feito muito bem. O clima, a paisagem me energizam muito para trabalhar o resto do dia — comenta.

A prática de esportes na Praia de Botafogo já rendeu até projetos ambientais. A engenheira química Maria Luiza Cunha, de 47 anos, criou o movimento Enseada Limpa, que propõe investigar a poluição local e pensar em ações de revitalização para a região de mangue que fica no canto esquerdo da praia, além de tentar atrair os moradores para frequentar a orla.

— A Praia de Botafogo é o berço do remo no Rio. Muita gente esqueceu que existe a orla, porque acham que aqui é muito poluído. As pessoas deveriam frequentar mais, é um lugar muito bacana. Passei a mostrar as coisas boas do lugar nas redes sociais do projeto e acho que isso trouxe mais empatia para a região — conta. Maria Luiza rema na Praia de Botafogo desde 2016. Quando não dá para entrar no mar, ela corre ou anda de bicicleta por ali. A praia é o ponto de partida que a leva para os bairros vizinhos, como Urca e Flamengo. — Eu aproveito muito a orla. E a Baía de Guanabara é um berçário de animais marinhos, tem muita vida.

Zona Sul Para Viver | Rj Botafogo

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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