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Coragem para abrir um ponto

Novas lojas de moda surgem em Ipanema

JACQUELINE COSTA E NATÁLIA BOERE falazsul@oglobo.com.br

Apesar de muitas lojas terem sido obrigadas a fechar suas portas por conta das dificuldades impostas pela pandemia, novos espaços têm surgido, principalmente na área de moda. Um pedacinho da Praia do Canto, em Vitória, acaba de aportar em Ipanema. Foi na galeria Fórum, ao lado da Farm, que a Borana, especializada em moda praia, estendeu as uacanga, para alegria das cariocas fãs da marca, que até então tinham que comprar as peças pela internet. E das capixabas fincadas em solo carioca, como a jornalista Aline Mantovanelli.

— Quando ia a Vitória, a primeira coisa que fazia era ir à Borana. Agora estou perdida. Vou ter que fechar o olho quandop assar na frented aloja—brinca amoradora de Ipanema.—Os biquínis de lá, além de lindos, têm muita autenticidade e duram anos. Nota-se que há um grande cuidado coma modelagem e os materiais.

Tudo tem o carinho da empresária Patiara Aguiar, farmacêutica apaixonada por moda. Em 2010, recémformada e sem saber o que fazer profissionalmente, resolveu aproveitara ex per ti seda mãe, que tinha uma confecção de lingeries, e propôs a ela produzir uma linha de biquínis. Começaram costurando em casa, com um investimento de R$ 360 em tecidos.

— Peguei todos os meus biquínis, montei o conjunto que julgava perfeito e dei para minha mãe e minha madrinha costurarem. Fomos trabalhando até acertar a modelagem. Comecei vendendo para minhas amigas e de porta em porta, divulgando pelo Orkut — conta Patiara.

Aos pouquinhos, a marca foi crescendo. Venceu um concurso do Sebrae voltado para novos negócios na moda e desfilou por dois anos na São Paulo Fashion Week. Representou o Brasil no Macau Fashion Festival, na China, em 2019. Já teve peças usadas por it girls como Anitta, Marina Ruy Barbosa, Giovanna Ewbank e Deborah Secco. Hoje, a Borana tem mais de 300 mil seguidores no Instagram e quatro lojas, três no Espírito Santo e uma no Rio.

— Abrir uma loja em Ipanema foi um sonho realizado. Sempre fui apaixonada pelo Rio e pelo estilo de vida do carioca. Estou muito feliz. Sei que o Rio é uma vitrine para o mundo e há de atrair muitas oportunidades —diz.

Foi também em Ipanema, mais precisamente na Garcia D’Ávila 149, que outra grife de moda, a Joanne, abriu as portas na pandemia. A marca já existe há sete anos, mas só agora as sócias Verenice Pacheco e Simone Cupello, amigas de infância, resolveram investir em um ponto físico.

— A pandemia acabou nos dando uma oportunidade. Conseguimos fazer uma boa negociação, que nos permitiu abrir a loja em um ponto nobre de Ipanema.

Queríamos dar esse passo, mas não tínhamos tido coragem —diz Verenice.

Nas araras, a Joanne (@joanneloja) tem peças atemporais e versáteis.

— Acreditamos em slow fashion. Cerca de 80% das peças são em tecidos naturais, como seda, linho ou algodão. Acreditamos em peças de qualidade, que podem passar de geração em geração. Não fazemos coleção —acrescenta Verenice. Na pandemia, há a possibilidade de a cliente agendar um horário exclusivo, entre 11h e 17h. Se não houver atendimento marcado, as portas estão sempre abertas.

Estilo / Empreendedorismo

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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