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Presidente do BB nega interferência e mantém fechamento de agências

GERALDA DOCA geralda@bsb.oglobo.com.br

Opresidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, disse, em sua primeira entrevista coletiva no cargo, que pretende dar um “toque pessoal” no comando da instituição. Ele negou interferência política e se comprometeu a executar o plano estratégico da gestão anterior. Segundo o executivo, está mantida a redução de gastos da ordem de R$ 10 bilhões até 2025, com fechamento de agências e desligamento voluntário de funcionários, entre outras medidas. O plano desagradou ao presidente Jair Bolsonaro e foi um dos motivos da queda de André Brandão da presidência do BB. — Com relação a qualquer interferência política na gestão, zero — disse Ribeiro, ao comentar o resultado do primeiro trimestre do BB. —O mandato que eu recebi do presidente da República é relativamente simples. Liderar o banco em busca de eficiência operacional e rentabilidade compatível com os pares, e prestar atendimento de excelência à população. Não tem nada diferente. Obviamente vamos dar um toque pessoal.

SEM EXECUTIVOS DO MERCADO

No primeiro trimestre, o BB teve lucro recorde, com alta de 44,7%, para R$ 4,9 bilhões. Mudanças no plano de cargos e salários e redução de despesasadministrativas, tocadas na gestão de Brandão, influenciaram. Ribeiro assumiu o comando do BB em abril. O novo presidente do banco informou que a diretoria executiva será composta preferencialmente por funcionários de carreira, dando início a uma mudança no perfil da cúpula. Nas duas gestões anteriores, de Rubem Novaes e Brandão, a orientação foi incluir nas vice-presidências executivos do mercado. —O perfil que agente busca são profissionais de carreira do banco, prata da casa, com alta qualificação e experiência. As mudanças são naturais no processo de sucessão, não vou fazer mexidas atropelando todo o processo —disse Ribeiro.

CINCO MIL DESLIGADOS

Perguntado se quer ter atuação semelhante à de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, disse: — Não pretendo ocupar espaço político. Ribeiro afirmou que vai ampliar o diálogo com o governo sobre eventuais novas medidas polêmicas para evitar falhas na comunicação. O problema foi apontado na gestão de Brandão. Ele disse que o plano de fechamento de 361 agências está em fase avançada e que cinco mil funcionários do BB já foram desligados. Destacou que gestão de rede é processo dinâmico e dizer que não haverámais redução depostos de atendimentoé“f orçara barra ”. O executivo afirmou que o “retorno aos acionista sé inegociável” eque buscará parcerias comst ar t-ups. Ele quer deixar como legado a transformação digital da instituição.

Economia

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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