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Rio terá de volta o Parque da Cidade

Eduardo Paes reabre em 20 de maio, depois de fechado ao público por dez anos, o Museu Histórico da Cidade, uma joia cravada no Parque da Cidade, na Gávea. A visita do público ao antigo solar do início do século XIX, que pertenceu como muitos prédios históricos bacanas da cidade à família Guinle, será limitada, por causa da pandemia, a grupos de 15 pessoas por vez. O acervo reúne 482 peças, como fotografias de Jean-Baptiste Debret (1768-1848 ) e gravuras de Thomas Ender (1793-1875). “Vamos ter de volta um espaço importante não somente para a Zona Sul e o entorno, que envolve os moradores da Gávea e da favela Vila Parque da Cidade, mas para todo o Rio”, diz o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini. Já a Secretaria de

Meio Ambiente vai instalar no Parque uma Horta Carioca em parceria com a ONG De Volta Ao Lar. “Vamos doar 50% para a comunidade, e o os outros 50% vão ser usados num formato “colha e pague”, para estimular o turismo verde e potencializar a visitação no Parque da Cidade”, diz o secretário Eduardo Cavaliere. Na verdade, o medo da violência, principalmente, afastou o carioca daquele tesouro verde de 470 mil metros quadrados. Devolver ao público esse refúgio da Mata Atlântica, com fileiras de palmeiras, árvores frutíferas e espécies raras, como árvores de pau-brasil, é uma boa notícia. Vamos torcer, vamos cobrar.

Em tempo:

Uma das relíquias do Museu da Cidade é uma arca onde ficava o dinheiro arrecadado pela tributação do vinho, para a construção dos Arcos da Lapa, no século XVIII, que, por sinal, demorou um século em obras. A arca tinha três chaves, e cada uma delas ficava com uma personalidade política da época. A arca só podia ser aberta quando os três se juntavam. Ou seja, não é de hoje que o fantasma da roubalheira assombra o país.

Rio

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2021-05-08T07:00:00.0000000Z

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