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Grandes empresários dizem que investirão mais em 2020

Os principais executivos de 12 grandes empresas, que atuam em setores do consumo ao agronegócio, ouvidos pelo GLOBO ao longo de um mês, enxergam em 2020 uma retomada consistente da economia brasileira, com mais emprego e melhor ano ambiente de negócios. P orisso, planejam aumentar investimentos, abrindo unidades e modernizando instalações. Eles dizem que os juros no patamar mínimo histórico são um incentivoà produção, esperam a continuidade das reformas e avaliamo cenário externo como o maior ris copara a economia.

Do ponto de vista de expectativa econômica, 2020 começa melhor do que 2019 na visão de 12 empresários de grandes companhias consultados pelo GLOBO ao longo de um mês. Atuando em diferente setores — de consumo e educação a agronegócio e transporte —, eles preveem para este ano um crescimento mais robusto e a retomada dos investimentos. Não setra tadeu motim ismo de torcida. As apostas de expansão da economia estão em linha com as projeções feitas pelo merca dono começo deste novo ano: o país deverá crescer algo entre 1,5% e 3%, ainda índices modestos, mas mais expressivos do que o registrado nos últimos três anos —1%. — O importante é olhar no retrovisor e ver que o Brasil afastou-se, definitivamente, da crise que marcou a segunda metade da década passada — diz André Clark Juliano, presidente da operação brasileira da Siemens, conglomerado industrial com negócios nos setores de energia, automação e saúde, entre outros. Esse otimismo está calcado em uma mudança fundamental: o investimento está sendo direcionado ao setor produtivo. Com a taxa básica de juros no patamar de 4,5%, o Brasil perde a atratividade para os investidores que vinham especular e ganhar com taxas elevadas. A perspectiva para este ano é de mais recursos para melhoria das condições de produção, como ampliação de fábricas e treinamento de mão de obra. — Já sentimos mais disposição para investimentos em inovação na nossa cadeia de fornecedores, o que é positivo para a produtividade no varejo — diz o francês Noël Prioux, presidente do braço brasileiro da varejista global Carrefour. O bom humor do empresariado, contudo, não significa ceguei rapar ariscos. O cenário ex ter noé o maior fator de incertezas, como impas senas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e as dúvidas sobre o novo governo argentino. Estes fatores podem atrapalhar as ambições brasileiras de vender mais a esses mercados. Semana passada, a crise entre EUA e Irã surgiu como nova preocupação. No capítulo dos riscos internos, está o ritmo de andamento da agenda de reformas. Os empresários cobram celeridade especialmente na tributária. Se avançar, é grande a chance de o empresariado terminar o ano ainda mais otimista do que começou.